Country manager da Halliburton para o Brasil fala sobre mudança de cenário no período pós-crise
"Este ano não vai ser igual aquele que passou", diz a marchinha de carnaval. Os próximos anos prometem. O estudo "Decisão Rio", da FIRJAN, que projeta os investimentos esperados até 2012 comprova isto. Sem falar em Copa do Mundo, Olimpíada e outros eventos que certamente movimentarão bastante os recursos no Rio de Janeiro. A tarefa para o CIO será entender quais reflexos esta mudança de cenário provocará no universo de TI.
As atenções dos CIOs neste momento estão voltadas à qualidade das prestações de serviços que serão necessárias para a retomada econômica. A demanda de projetos, até então reprimida em função da crise, começa a ser liberada - frequentemente em caráter de urgência - o que poderá ocasionar gargalos. Os fornecedores, por sua vez, também estão pressionados por audaciosas metas comerciais para o ano que chega. A ideia de compensar as dificuldades de 2009 com melhores resultados em 2010 pode se tornar um fator prejudicial para a qualidade dos serviços prestados.
Ligada à busca por bons resultados está a necessidade de encontrar profissionais qualificados para atender ao pico de demanda. Por outro lado, as instituições de ensino, bem como as próprias organizações, não terão a capacidade de formar talentos locais na velocidade exigida. Provavelmente haverá a necessidade de buscar recursos humanos em outras localidades, elevando ainda mais os valores praticados. Paralelamente, o Brasil será um mercado promissor para profissionais de países onde a velocidade de recuperação anda a passos mais lentos. É possível, inclusive, que a partir deste ano comecemos a presenciar certa disputa entre trabalhadores nacionais e estrangeiros.
O binômio "eficiência-redução de custos" será a tônica da área de TI para grande parte das empresas em 2010. A busca de competitividade deverá impulsionar os investimentos em tecnologia que, certamente, serão superiores ao ano que se encerra. A inovação, tão falada nos encontros de 2009, estará ainda mais orientada a um enfoque operacional e nem tanto pelo diferencial competitivo, como se desejava.
Esta também é uma ocasião para o CIO repensar questões relacionadas à identidade da TI no contexto da organização, considerando-se a mudança de cenário. Como se sabe, o alinhamento com o negócio é, em grande parte, responsabilidade do próprio CIO e, a partir deste momento, pode ser que algum reposicionamento seja necessário.
De qualquer forma, ao iniciarmos este novo ano conseguimos visualizar inúmeros desafios e percebemos, também, excelentes oportunidades. E não poderia ser diferente. Um ambiente de crescimento é sempre favorável ao desenvolvimento, seja pessoal, organizacional ou mesmo social. Esperamos que em 2010 se torne evidentes as contribuições da TI e de seus profissionais na formação da sociedade brasileira.
*Etienne Hubert Vreuls é IT country manager da Halliburton para o Brasil e presidente do GUCIO-RJ. O executivo escreveu com exclusividade para a revista InformationWeek Brasil.
por Etienne Hubert Vreuls*
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
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